18 de dez. de 2018

Doença

Ele se tratou, mas a doença não era física.
Não estava de passagem.
Ele era a doença, e ela ele.
Aquelas vozes, aqueles sonhos, aquelas sensações.
Nada de fora o atingia, tudo já estava destruído por dentro.
Ele era seu pior inimigo, sua mente, seu corpo, sua rotina.
Tudo era detestável…
E vez ou outra ela voltava.
Com uma garrafa e uma pistola.
E a vontade de explodir tudo, a vontade de acabar tudo...
O cinzeiro e o silêncio…