23 de nov. de 2007

Ademir - o pedreiro

Ele acorda com o som do despertador, chinga-o e á sua mulher, que está na cozinha preparando sua "quentinha"- que era sua refeição entre o café-da-manhã e o almoço.
"ah! hoje o dia será agitado" murmura. Ela se aproxima e beija-o.
- Por que não tira ferias Ademir?
- Ferias são coisas de vagabundo Josycléia.- disse ele, grosso e visivelmente ofendido.
- A gente bem que podia viajar né?
- Pra onde? com que dinheiro? você sonha demais!.- disse o revoltado homem- Vou-me embora sem marmita, você hoje tá muito chata, volto pro almoço.
Saiu batendo a porta e chingando, era um homem estressado.
De porte alto, Ademir era o que chamamos de "armario"- um homem forte e grande, que ninguem tem coragem de contrariar.- Mas havia uma pessoa que tinha essa coragem...

***

- Bom dia seu Alfonso- disse o pedreiro com um sorriso nada parecido com o muro que andava levantando há semanas.
- Só se for pra você Ademir, 15 minutos de atraso? Veio de avião é?
- Poxa seu Alfonso, me desculpe. É que minha mulher e eu tivemos uma discussão antes de sair de casa.
- Que não se repita, se você dá valor ao seu emprego.
Alfonso era o tipo de patrão que ninguem quer: demora para pagar, se mete no serviço, atrapaha mais que ajuda, reclama o tempo todo, e acha que tem vocação para general. No alto de seu pouco mais que um metro e meio, e com sua pança visivelmente avantajada dobrando-se para cima da calça. Ele parecia uma barriga com cabeça, braços e pernas. Motivo pelo qual não foi aceito no exercito...


O que mais posso falar?- perguntou o Autor
Já sei, vou ser mau com a mulher do Ademir...

Quando voltou para casa, encontrou Josy deitada no chão da cozinha, com uma poça de sangue refletindo a luz que vinha da lampada eletrica pregada ao teto.
- Josy fala comigo!... Josy...Responde!
Nada adiantou, estava morta. Ligou para a policia, e a pericia disse que ela havia cometido suicidio, no momento que ele a deixou naquela manhã.
Ele se desesperou, sua mulher, sua mulherzinha amada... morta?..que horrivel...que triste..que trágico...


Bem feito pra ele... agora vou cuidar do baixinho...- pensou o autor empolgado.


- Alfonso! me demito!- disse um operario qualquer da obra.
- Não se demita. Eu te demito, miserável!- gritou o nanico assustador.
- Então eu vou tirar a sua vida por que sou um serial-killer disfarçado.- disse o operario, que cravou a chave de fenda na fenda dos olhos do nanico, que agora estava como um freezer ( branco e gelado ) no chão de sua sala.
Saiu sem deixar-se ser visto... quando outros homens pareciam se aproximar, mergulhou em uma moita e ficou atrás até que passassem. Um desses homens, por sinal entrou na sala e viu o Seu Alfonso, estendido no chão. Gritou e chamou a policia... e pela perícia, o horario do telefonema se aproximou tanto do do assassinato que ele foi considerado suspeito e posteriormente preso.
Ademir resolveu tirar ferias, foi para a praia, e tomando sol, se lembrava de que ninguem sabia o que tinha feito há poucos dias... afinal... 2 assassinatos em um dia são um prato cheio para um serial killer nacional .


Que merda!- o autor.



3 comentários:

Felipe C. Lisboa disse...

Trash, mas legal.

Gostei.

Unknown disse...

ashuauhasuhashusahusuhahuhuashuashuas
serial quiler da bahia xD
bem brasilero ;)

Diogo Dias disse...

''É quando eu ando pelas praias da Bahia
E a lua se parece com a bandeira da turquia''